data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Um levantamento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostra que 65% das internações e 67% das mortes por Covid-19 em janeiro aconteceram em pessoas não vacinadas. São pacientes que não haviam recebido nenhuma dose contra o coronavírus ou tinham o esquema incompleto (apenas uma dose no esquema de duas).
Janeiro já é considerado em toda a pandemia como o mês com maior circulação da doença
Apesar de serem a maioria entre hospitalizações e óbitos, esses dois status sem vacinação completa são os menores na proporção com os outros: cerca de 8,5% da população do Estado não fez a segunda dose e 18,6% não realizou nenhuma dose (incluindo entre aquelas pessoas fora da idade preconizada). Pessoas com esquema completo (duas doses ou dose única) e dose de reforço já representam hoje cerca de 24,1% da população gaúcha, enquanto 48,8% possui esquema completo, mas ainda sem o reforço.
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REDUÇÃO EM 87% NOS RISCOS DE ÓBITOS EM ADULTOS
Os dados de janeiro deste ano seguem a mesma tendência que um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) já tinha apresentado em dezembro do ano passado, com dados de hospitalizações e óbitos entre agosto e novembro. Na época, os dados apontaram que o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) reduziu em 87% o risco de morte pelo coronavírus nas pessoas com 20 anos ou mais entre agosto e novembro. Entre os idosos, a vacinação de reforço, por sua vez, foi capaz de diminuir em 95% a incidência de óbito no período.
Conforme a SES, os dados reforçam que a vacinação com o esquema completo é a principal forma de proteção contra a doença, ainda mais quando acrescida da dose de reforço.
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AUMENTO DE CASOS EM 2022
Outro fato que aumenta a importância da vacinação neste momento é o crescente número de casos de Covid-19 registrados neste mês no Rio Grande do Sul. Janeiro já é considerado, em toda a pandemia, como o mês com maior circulação da doença. Mais de 316 mil novos casos registrados (por data de início de sintomas), sendo que esse número ainda é parcial, visto que ainda podem entrar mais casos relacionados a este período nos próximos dias. Isso representa mais do que todo o segundo semestre de 2021. Esse aumento de casos já vem repercutindo no aumento das hospitalizações e óbitos, que nas últimas semanas também voltaram a ter alta, após meses de queda.
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Os dados foram obtidos por meio dos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave com classificação final de covid-19 notificadas no Sivep-Gripe (entre 01/01/22 e 27/01/22) e então cruzados com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).