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Os detalhes de perícia em e-mail com ameaça à UFSM

Os detalhes de perícia em e-mail com ameaça à UFSM

Foto: Reprodução

O e-mail enviado para vários setores da Universidade Federal de Santa Maria, no último dia 5, contendo uma foto de uma arma e a frase “chacina na UFSM”, passou por análise de um especialista na área de informática, que chegou à conclusão de que o autor teve um trabalho minucioso para tentar esconder sua autoria. De acordo com o relatório da perícia ao qual o Diário teve acesso com exclusividade, o autor do e-mail demonstrou bom conhecimento e teve todo um trabalho para não deixar quase nenhum rastro para que as autoridades consigam descobrir sua identidade. O analista até cita, no relatório, que o autor utilizou o nome de uma mulher que seria de Minas Gerais, com seu CPF, mas isso não prova de que essa pessoa enviou a ameaça:

– A verificação preliminar indica que o número de CPF é válido. (...) Evidentemente, tal correspondência não implica que (nome da pessoa) seja a autora das mensagens ofensivas, podendo tratar-se de uma associação forjada por outro ator.


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Além disso, para tentar impedir que a Polícia Federal localize o computador ou celular do qual foi enviado o e-mail com as ameaças, o autor usou um provedor de serviços de internet da Alemanha. Porém, o perito complementa:

– A geolocalização exata do endereço IP não é confiável e não corresponde ao autor da mensagem. Alguns serviços de verificação básica indicam comuna de Lauterbourg, França; contudo, essa informação representa apenas uma aproximação geográfica e não reflete a localização real.

Outra tática foi usar um serviço de e-mail que dificulta a identificação do autor:

– O autor das mensagens optou por utilizar um provedor de e-mail que não armazena dados pessoais identificáveis (como nome completo, endereço físico ou outras informações sensíveis), o que dificulta o rastreamento e a atribuição precisa da atividade.

Para completar, o autor pegou uma foto na internet e a manipulou, escrevendo “chacina na UFSM”. Teria tido o cuidado também de remover qualquer informação do arquivo da imagem que pudesse dar alguma pista do autor do e-mail.

– Há fortes indícios de que o autor removeu intencionalmente os metadados (EXIF) do arquivo. A imagem não contém informações identificáveis nem footprints que possam indicar o dispositivo, a ferramenta de edição ou o autor da modificação – afirma o documento.

Por fim, a perícia sobre o e-mail com as ameaças chega às seguintes conclusões:

– Não há subsídios forenses capazes de apontar, de maneira confiável, o responsável pela criação e disseminação da mensagem.

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