
Foto: PSDB (reprodução)
Depois de aprovar em convenção a fusão com o Podemos no início de junho, o PSDB suspendeu o processo que se encaminhava para a reta final. A discordância sobre a presidência da sigla teria provocado o rompimento. “A ideia de uma fusão ou incorporação entre PSDB e Podemos, neste momento, está suspensa por conta de divergências relacionadas ao comando da nova legenda. Por outro lado, seguimos insistindo na ideia de construir uma plataforma política que agrupe o centro democrático e apresente ao país uma alternativa de poder”, afirmou o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, ao portal Poder 360.
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Outra liderança tucana, o deputado federal Aécio Neves disse à imprensa que o Podemos teria exigido quatro anos de presidência do novo partido para a deputada federal Renata Abreu, enquanto o PSDB sugeriu o comando compartilhado, primeiro, semestral e, depois, anual. “É uma exigência que não estava nem sendo cogitada e para nós, é intransponível”, ressaltou Aécio, enfatizando que o presidente Marconi Perillo e os demais dirigentes do partido estão na mesma igualdade como lideranças.
A direção nacional do Podemos não se manifestou, porém, nos bastidores, dirigentes teriam dito que a sigla tem mais deputados do que o PSDB, portanto teria legitimidade para reivindicar o comando da nova agremiação.
Como luta pela sobrevivência diante da cláusula de desempenho, que estabelece critérios para receber recursos do Fundo Partidário e tempo de propaganda no rádio e na TV, o PSDB refez a rota e, imediatamente, retomou conversas com o Republicanos, MDB e Solidariedade em busca de uma fusão ou incorporação.
E Santa Maria?
Em Santa Maria, a situação não muda para o ex-prefeito Jorge Pozzobom, que deve trocar o PDSB pelo PSD para concorrer a deputado estadual em 2026, nem para o prefeito Rodrigo Decimo que pode se desfiliar a qualquer momento se quiser. Contudo, no caso dos vereadores Admar Pozzobom, Givago Ribeiro e Lorenzo Pichinin, o trio terá de continuar onde está, pelo menos, por enquanto, sob o risco de perder o mandato. A situação também vale para o único parlamentar do Podemos, Tony Oliveira, embora já sinalizasse a permanência no atual partido, mesmo com a fusão. Agora, se alguns dos vereadores tucanos pensavam em bater asas terão de refazer o plano de voo, já que só poderão deixar o PSDB, caso ocorra fusão ou incorporação com outra sigla.