
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O Santa Maria Tecnoparque teve a energia elétrica cortada devido à falta de pagamento de três meses, numa dívida de R$ 13 mil. Hoje, os trabalhos nas 19 empresas instaladas só não foram interrompidos porque foi ligado o gerador, cujos custos são mais elevados. As empresas empregam cerca de 40 pessoas e têm um faturamento mensal de R$ 600 mil. A princípio, o Tecnoparque conseguirá pagar as contas em breve e espera que a luz seja religada ainda esta semana. Porém, essa situação expõe um problema que um dia iria estourar e que poderá se agravar no futuro: a falta de verbas para se manter e a falta de responsabilidade das instituições fundadoras com a gestão e manutenção do local.
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O Tecnoparque, criado em parceria entre sete entidades da cidade (prefeitura, UFSM, UFN, Ulbra, Cacism, Ajesm e Seprorgs), já vive um drama por falta de recursos há um bom tempo, pois das fundadoras, somente a prefeitura tem feito repasses de verbas. Desde que o Parque Tecnológico foi criado, o município já investiu mais de R$ 1 milhão no local. No ano passado, a gestão atual repassou mais R$ 180 mil, mas agora não tem como dar mais verbas porque o Tecnoparque não conseguiu prestar contas e entrou em dívida ativa com o município. Para tentar reduzir os gastos do Parque, a prefeitura colocou guardas municipais para cuidar de um dos prédios, que é do município - o outro é da UFSM.
- Um dos problemas é que, no estatuto, ninguém tem obrigação com o Tecnoparque. É mais fácil construir, mas ninguém dá suporte. Hoje, as 19 empresas pagam cerca de R$ 700 de aluguel, mas como muitas têm seis meses de isenção e seis meses de desconto de 50% do valor, o valor arrecadado ainda não é suficiente para pagar todas as contas. Esperamos que até o final do ano consigamos resolver esse problema - diz o gestor do Tecoparque, Tiago Sanchonete, ressaltando que o Parque Tecnológico tem de ser visto como um investimento para a cidade, pois ele é o futuro para a economia de Santa Maria.
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A secretária interina de Desenvolvimento Econômico, Ticiana Fontana, cobra maior participação dos outros fundadores do Parque.
- A prefeitura é a única dos sete fundadores que vem repassando recursos para o Tecnoparque porque ele é extremamente importante para a cidade. As outras instituições que fazem parte do Tecnoparque também tem de assumir sua responsabilidade para a continuidade dele. A prefeitura tem dado todo o apoio, tem buscado alternativas para sustentar o Parque repassou R$ 180 mil em 2017 e só não repassa mais verbas agora porque não pode, já que o Tecnoparque não conseguiu prestar contas - disse Ticiana.