Um ano após o começo da pandemia em Santa Maria, já que o primeiro caso foi registrado em 21 de março de 2020 na cidade, vale conferir um balanço de como a Covid-19 atingiu o mundo. Apesar de o Brasil estar hoje no epicentro da doença, registrando o maior número de mortes diárias do mundo, se for levar em conta a mortalidade por milhão de habitantes, nosso país está na 18ª colocação (veja quadro). Porém, diante do aumento expressivo dos óbitos agora, se o ritmo continuar desenfreado, o Brasil vai subir vários postos nesse triste ranking. Só no último dia 17, o Brasil teve 27% de todas as mortes do mundo neste dia, sendo que a população brasileira equivale a 2,7% da população global.
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Chamam a atenção os números dos países. Assim como há nações ricas em situação muito ruim, como Reino Unido e Itália, com taxa elevadíssima de mortes, há outras como Bélgica, Coreia do Sul, Austrália e Japão que vivem situação oposta. Outro fato intrigante é que a China, onde começou a Covid-19, diz ter "só" 4.839 mortes e com a pandemia sob controle. Será verdade? Será que não escondeu os números? Vi o depoimento de um brasileiro que viveu lá e acredita que possa haver maquiagem dos números. Porém, destacou que, como o governo é de partido único e controlador, vigiando o que a população faz e controlando a mídia, fica mais fácil fazer as pessoas cumprirem regras. Ele cita como exemplo que, na China, o governo obrigou as pessoas a usar os celulares para registrar os locais por onde passam e, assim, rastrear a rede de contatos quando alguém fica doente. Isso tudo pode ter ajudado a frear a pandemia, ao contrário do que ocorre no Brasil, onde cada cidade ou Estado pode ter regras diferentes, e há brigas políticas do governo central negacionista e os demais.
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É intrigante que vários países muito pobres, inclusive da África, têm poucas mortes. Suponho que possa ser devido à baixa circulação de pessoas do Exterior e internamente, reflexo da baixa atividade econômica, ou por causa da subnotificação de casos e óbitos, o que pode esconder mortes. Uma coisa é certa: o Brasil deveria ter se espelhado nos países que adotaram medidas que deram certo, o que poderia ter evitado milhares de mortes e permitido a retomada da economia. O resultado da irresponsabilidade está aí, no trágico balanço diário de mortes e na iminente quebra de muitas empresas.
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