Quando se fala em turismo no interior do Rio Grande do Sul, as iniciativas do Sebrae RS em curso na Região Centro, Quarta Colônia e no Vale do Jaguari mostram a importância de apostar em planejamento, governança e valorização das identidades locais como eixo de desenvolvimento. Ao fomentar rotas de turismo rural, estruturar planos municipais e envolver produtores, instituições de ensino, cooperativas e prefeituras, esses territórios começam a disputar não apenas visitantes, mas também narrativas: tornam-se espaços com destinos capazes de oferecer experiências singulares, ancoradas em sua cultura, sua história e seus geoparques.
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Região centro
A qualificação de serviços, alimentação, hospedagem e agências, e o incentivo à rotas de turismo rural em Tupanciretã, São Martinho da Serra, e a criação de duas rotas de turismo em Itaara e São João do Polêsine, mostra que se constrói muito mais do que um simples roteiro: trata-se de construir uma narrativa de pertencimento, que articula produção local, memória e paisagem em um produto turístico competitivo e, principalmente, identitário.
Vale do Jaguari
No Vale do Jaguari, a aposta em governança e planejamento reforça essa mesma lógica de longo prazo. A elaboração de seis planos municipais e de um plano de posicionamento para a região turística indica que o Vale do Jaguari aposta em se tornar protagonista de seu próprio desenvolvimento. Esse movimento exige articulação entre cooperativas financeiras, instituições de ensino, geoparques e prefeituras, criando uma rede capaz de transformar patrimônio natural e cultural em oportunidades de trabalho e renda.
Turismo gastronômico
Como parceiro estratégico do Festival do Xis de Santa Maria realizado em novembro, o Sebrae busca fortalecer o turismo de experiência e, em especial, o turismo gastronômico. Além do apoio institucional, a entidade ofereceu curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, reforçando seu compromisso com a qualificação da cadeia de alimentos.
Identidade
O Plano Municipal de Turismo de Santa Maria, elaborado com apoio do Sebrae e consultoria de Ivane Fávero, identifica o xis como uma das principais expressões da identidade gastronômica e cultural do município, símbolo da diversidade culinária santa-mariense e capaz de gerar experiências autênticas aos visitantes. O estudo aponta que o xis é ao mesmo tempo força já consolidada do turismo local e potencial a ser explorado em festivais e eventos, especialmente quando articulado a ícones do patrimônio cultural, como a Gare e a Vila Belga, reforçando o posicionamento da cidade como destino de experiências diversas que conectam gastronomia, cultura e memória urbana.