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Com inverno e crise financeira, Casa de Passagem fica lotada e opera no limite

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)

O inverno e a crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus faz com que a Casa de Passagem de Santa Maria opere no limite. O local possui 40 vagas permanentes e todas estão ocupadas. 

- Desde os primeiros dias do inverno trabalhamos no limite. Com a pandemia, muitas pessoas ficaram sem emprego, sem ter como pagar o aluguel, e sentimos um crescimento ainda maior na procura - explica o presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico, Social e Humano, Renê Ribeiro, responsável pela administração da casa.

Tendência é que número de casos continue aumentando em Santa Maria

A prefeitura trabalha para ampliar a capacidade. Para isso, já tramita um processo emergencial de chamamento público com outra organização da sociedade civil sem fins lucrativos para que sejam abertas outras 30 vagas na cidade, com a possibilidade de ampliação para 40. Ainda não há um prazo definido para que as novas vagas sejam disponibilizadas, mas a estimativa é que o serviço comece a ser oferecido em cerca de 30 dias.

A secretaria de Desenvolvimento Social tem possibilidade de, além dos acolhidos na Casa de Passagem e com mais essas 40 vagas em outra instituição, acolher mais 60 pessoas, totalizando 150 acolhidas. No entanto, para que isso seja possível, é necessário que haja instituições dispostas a firmar parcerias com o município. A prefeitura dispõe de recursos, por meio de cadastramento em programas federais, mas precisa de locais dessa natureza interessados em fazer o acolhimento. São cerca de R$ 1 mil mensais disponíveis por pessoa acolhida.

Enquanto não há alternativa, a prefeitura não descarta a retomada da ação emergencial no Centro Desportivo Municipal (CDM) até que o processo emergencial seja concluído.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">ESTRUTURA DE ACOLHIMENTO 
A Casa de Passagem possui dormitórios coletivos por gênero, banheiros, refeitório e sala de convivência. São oferecidas no local pelo menos três refeições ao dia, podendo ser mais. Também são feitos encaminhamentos de documentos dos usuários para emprego e renda. Os assistidos são acompanhados por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, técnicas de enfermagem e a equipe administrativa, que orienta e acompanha os indivíduos, também, após a saída da casa. A equipe tenta resgatar os vínculos familiares, promover direitos e encaminhar as pessoas para o mercado de trabalho. 

MEDIDAS DE SEGURANÇA
Com as orientações para a contenção do novo coronavírus, a casa tem adotado medidas de prevenção como higienização das mãos, obrigatoriedade do uso da máscara, distanciamento entre as pessoas na hora das refeições e aferição constante da temperatura corporal dos abrigados. Qualquer usuário da Casa de Passagem que apresente algum sintoma de doença respiratória é encaminhado aos serviços de saúde. Também são realizadas orientações quanto às medidas de combate e prevenção ao coronavírus. 

QUEM PODE SER ACOLHIDO
A Casa de Passagem é destinada a pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de se sustentarem. O acesso ao serviço pode ser feito por encaminhamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), do Serviço em Abordagem Social e demais serviços e políticas públicas, além de demanda espontânea. 

  • Endereço: Rua Bento Gonçalves, 450, Bairro Nossa Senhora de Lourdes.
  • Telefone: (55) 3347-4849

*Colaboraram Chaiane Appelt, Jaiana Garcia e Leonardo Catto

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