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Jardim sensorial da UFSM desperta os cinco sentidos por meio do contato com a natureza

Jardim sensorial da UFSM desperta os cinco sentidos por meio do contato com a natureza

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

Manjericão, lavanda, estévia e tudo que há de bom. Estas são algumas plantas que foram escolhidas para estarem no jardim sensorial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), localizado no Jardim Botânico, onde o público pode sentir o aroma e aguçar os outros sentidos. O projeto, ainda em desenvolvimento, surgiu com a ideia de aproximar a comunidade da natureza e explorar os cinco sentidos: o paladar, a audição, o tato, o olfato e a visão. 

A diretora do Jardim Botânico, Simone Messina Gomez, 37 anos, explica que a ideia de criar o jardim sensorial surgiu por meio de uma servidora, a técnica do Departamento de Biologia Liana Veronica Rossato. 

– A Liana leu uma reportagem sobre diminuir as telas e explorar os sentidos das crianças. Por isso, ela pensou em uma oportunidade que trouxesse essa interação com as plantas. Assim, começou a elaborar esse projeto sustentável e que explorasse os cinco sentidos, trazendo plantas de conhecimento popular, que a comunidade possa ter memória afetiva. A criança vai olhar para a planta e lembrar da casa da avó ou do tio, por exemplo – conta a diretora.

Em meio à natureza

As plantas escolhidas, a maioria pelo menos, já eram cultivadas no Jardim Botânico. A paisagista e jardineira do espaço Daiane Oliveira, 34 anos, precisou reproduzi-las em estufa para desenvolver todo o jardim sensorial. O projeto todo foi feito com material sustentável, como os bambus, que são um elemento estético do local. Além disso, beija-flor e outros insetos, muitas vezes, também fazem parte do cenário do jardim sensorial. 

– Eu procuro me inspirar na natureza e usar o que a natureza oferece para o jardim. Por isso, os projetos que eu faço são muito sustentáveis, porque eu procuro usar a matéria prima que eu tenho aqui. Esse jardim tem um custo quase zero e é algo difícil de fazer. O paisagismo é, de certa forma, caro, porque os materiais têm valores altos. Mas, a maioria é produzida aqui, como o manjericão e as pimentas.  

As graduandas de Gestão Ambiental Luísa Cerebrino (à esq.) e de Biologia Gabriela Righi com a turminha

A turminha da pré-escola, de 51 alunos, do colégio Riachuelo teve a experiência de visitar o jardim sensorial. Os pequenos foram recebidos pela Joaquina e o Ricardo, personagens criados com caixas de leite, pelas graduandas de Gestão Ambiental Luísa Cerebrino e de Biologia Gabriela Righi.

As estudantes mostram, por meio dos personagens, quais plantas são para cada sentido:

  • Olfato – manjericão, lavanda (alfazema), hortelã e menta
  • Apenas para observar (visão) – são as espécies de cactos e espada-de-São-Jorge, por exemplo. 
  • Olfato e paladar – cavalinha, carqueja, espadinha-anã, mil-folhas. 
  • Tato – espécies de suculenta

Já a pimenta fez sucesso entre as crianças que queriam experimentar, para comprovar, se realmente o sabor é ardido. Na ideia do sentido sonoro, o objetivo, mais para frente, é colocar sons da natureza, como de cachoeira e de pássaros.  

– O fato de ter areia dentro da estufa já é um ponto positivo, porque é um elemento sensorial. Se você faz atividade com uma turma, já é um elemento sensorial, pode pedir para tirarem o calçado e é uma outra experiência que você vai ter – relata a paisagista Daiane.

Acessibilidade

Além de ser uma ferramenta educativa que estimula os sentidos e o contato com a natureza, um dos principais pontos para o desenvolvimento do espaço foi a acessibilidade. As trilhas do Jardim Botânico têm um percurso de cerca de 1 quilômetro, o que impossibilita a participação de algumas pessoas.

– Aqui é um espaço que qualquer um pode vir, seja um idoso, uma criança muito pequena ou uma pessoa com deficiência (Pcd). A pessoa pode fazer esse passeio pela estufa e ter o conhecimento sobre as plantas e o espaço, sem precisar fazer o trajeto pela trilha – afirma a diretora Simone. 

As visitas no Jardim Botânico podem ser feitas de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30min. Para saber mais informações é só entrar em contato pelos telefones (55) 3220-8973 (administração) e 99193-8183 (visitações), ou email [email protected].

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