Foto: Reprodução
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expliquem, em 24 horas, a presença do político na Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira (21). A ordem ocorre diante do descumprimento das medidas cautelares impostas no âmbito do inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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"Intima-se os advogados regularmente constituídos por Jair Messias Bolsonaro para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, prestarem esclarecimentos sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas, sob pena de decretação imediata da prisão do réu", diz o despacho de Moraes.
Além de visitar o Congresso, Bolsonaro exibiu publicamente, pela primeira vez, a tornozeleira eletrônica que passou a usar por determinação do STF. Durante encontros com aliados e ao posar para fotos com parlamentares, o ex-presidente levantou a calça e mostrou o equipamento à imprensa. Ele classificou a medida como uma “humilhação”.
— Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país — afirmou.
A tornozeleira foi instalada na última sexta-feira (19), em Brasília, e deverá ser usada por tempo indeterminado. A ordem para o monitoramento eletrônico foi emitida por Moraes em 18 de julho, após o ex-presidente descumprir uma cautelar que o proibia de manter contato com outros investigados. A Polícia Federal (PF) relatou que Bolsonaro se reuniu com alvos da investigação em eventos públicos, incluindo a manifestação realizada em fevereiro, em São Paulo.
Apesar da medida, Bolsonaro reforçou que continuará se defendendo e declarou que sua conduta é guiada pela fé.
— Vou enfrentar a tudo e a todos. O que vale pra mim é a lei de Deus — disse.
O ex-presidente segue articulando com aliados no Congresso e insiste que é alvo de perseguição política.
Confira o momento em que o ex-presidente exibe a tornozeleira eletrônica: