A cobiça pelos dois cargos de confiança mais visados na Câmara

Político não vive apenas de voto, mas, principalmente, de influência. E essa lógica é a mesma no Palacete da Vale Machado. O último trimestre está aí e, com ele, a corrida pelos 21 CCs da Mesa Diretora já iniciou.


+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

Exemplo bem claro está na investida dos interessados tidos como mais importantes (e influentes) e também rentáveis (em termos monetários) cargos comissionados: Gabinete da Presidência e Secretaria de Gestão e Administração.

 

O primeiro, atualmente, é ocupado pelo advogado Glauber Licker Rios, que, inclusive, já foi procurador jurídico da Casa. Sem exagero, é considerado “linha dura”, mas, sem dúvida, é um dos homens fortes da atual gestão (ao lado do procurador Lucas Saccol). Glauber é quem comanda e atua nos bastidores das decisões ao lado do procurador. A manutenção de Glauber seria, do ponto de vista estratégico, necessária para se dar continuidade às mudanças em curso dentro da Casa, mas dada a importância política dificilmente isso ocorreria.

 
O segundo cargo, igualmente cobiçado, é hoje exercido por Luciano Diehl (Secretaria de Gestão e Administração), nome de confiança de Tony Oliveira (Podemos), cotado para presidir o Parlamento em 2027. Para a função de Diehl já há uma “lista de espera”.

 
Dito isto, há um fato curioso a circular pelos corredores do Palacete: até o momento, o futuro/virtual presidente para 2026, Sergio Cechin (PP), não tem nome para um dos dois cargos: o de chefe do Gabinete da Presidência.

 
Ao longo dos últimos anos, se viu um esvaziamento desta função. Muito disso, aliás, em decorrência da nomeação de CCs que talvez não tenham tido a habilidade política e técnica para estar ali, na antessala do poder. Aliás, Glauber é quem chegou mais perto de recuperar a essência da real função do chefe. É presente nas reuniões entre Legislativo e Executivo, e é procurado por edis que o consultam sobre dúvidas acerca do Regimento Interno.

 
O que se viu, nos últimos anos, é que os nomes que passaram por tal função limitaram-se a fazer o protocolar e foram “engolidos” pela burocracia do cargo e, não raro, pela falta de conhecimento e habilidade política.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Claudemir Pereira

POR

Claudemir Pereira

Melancólico fim da CPI que nem iniciou. Que foi sem nunca ter sido Anterior

Melancólico fim da CPI que nem iniciou. Que foi sem nunca ter sido

Conflitos da base com o governo e a reforma da Previdência Próximo

Conflitos da base com o governo e a reforma da Previdência

Claudemir Pereira