Dias e Semanas
Você sabia que mais de uma dezena de comunidades santa-marienses têm uma “semana” anual para chamar de sua? E que um punhado de profissões conta com um “dia municipal” para comemorar?
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Alguém aí conhece ou já participou de uma “Semana” do Bairro Nonoai? Ou do Itararé? Sim, eis dois exemplos de localidades que ganharam um período anual para festejar. E o Dia do Gari, alguém aí tem notícia? Pooois é.
Esses três casos citados e um balaio de outros foram a “moda” de quatro ou cinco legislaturas atrás, no parlamento santa-mariense. Foi uma enxurrada de semanas e dias disto ou daquilo, com espaço na mídia e os dividendos políticos possíveis aos edis patrocinadores dos projetos.
Dito isto, ao presente. E não há aqui qualquer juízo de mérito; apenas constatação. O fato é que nem bem se chegou ao nono mês da atual Legislatura e há uma carrada de propostas que têm o condão de encher o calendário oficial de eventos do município.
Algumas delas, inclusive, já se transformaram em Lei e, claro, são devidamente badaladas por seus autores. O que, repita-se, é legítimo, mas...
Exemplos? Bem, Santa Maria já tem o seu “Dia do Vegano e da Vegana”, em 1º de novembro, proposto pela edil Helen Cabral. E o Dia do Motorista de Aplicativo, em 1º de julho, ideia de Alice Carvalho.
Ainda, para trazer mais um, você sabia que a cidade tem o seu dia municipal da Criatividade e Economia Criativa, em 21 de abril, proposta por Luiz Fernando Lemos? Este, por sinal, é recordista: apresentou nada menos que 14 dos quase 40 projetos criando dias e/ou semanas santa-marienses, inclusive o Dia do Padel e o Dia da Madrasta. Acredite, bem loguinho estão ou estarão todos no Calendário Municipal.
Bronca do castramóvel
Há, no histórico Palacete da Vale Machado, uma ensurdecedoramente sonora bronca dos vereadores da bancada “dos quatro patas” (cães, felinos em geral, cavalos...) com o que qualificam com “não entrega” do castramóvel da prefeitura.
Ou, para suavizar, como disse um parlamentar do grupo, “a pouca” entrega – para não dizer nula. A reclamação é silenciosa, ainda que estridente, por razões de natureza político-pessoal. Então, tá. Se é assim que funciona...
Em tempo: o problema se resolve facilmente. Basta o castramóvel voltar a funcionar. Não?
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Mais um nome
Aparentemente, os partidos políticos de Santa Maria estão dispostos a bancar nomes novos para a disputa proporcional do próximo ano. O Republicanos, por exemplo, deverá ter o novato vereador Guilherme Badke como seu candidato à Câmara dos Deputados. Pena que, aparentemente, e até evidências em contrário, a agremiação vai apoiar pelo menos um forasteiro para a Assembleia Legislativa.
Pronto para o...
Chamou a atenção dos observadores políticos gaúchos em geral e militantes petistas em particular, a manifestação feita pelo deputado federal Paulo Pimenta, há alguns dias, na cidade de Canoas, durante evento partidário. Cotado para integrar a chapa majoritária, como concorrente a uma das duas vagas ao Senado, o parlamentar santa-mariense abriu o leque de possibilidades na disputa eleitoral de 2026.
... Que der e vier
Sempre deixando claro que a prioridade é a recondução de Lula à Presidência, Pimenta garantiu que, a depender da vontade do partido, poderá ser o candidato ao Senado, sim, mas também ao Governo do Estado (“se o PT entender que esta é a necessidade”), ou mesmo candidatar-se a novo mandato de deputado federal. A única possibilidade inexistente, na verdade, é não estar na chapa de esquerda em 2026.
Janela Animada
Falta muito tempo, mas um dos esportes favoritos dos políticos é especular o quão animada poderá ser a janela partidária (da “traição”, da “infidelidade”), em março de 2028. Além das óbvias saídas dos edis do PSDB (no rumo do PSD ou do MDB, no caso de Lorenzo Pichinin), especula-se sobre possível retorno de Marcelo Bisogno (edil do UB) para o PDT – sigla que também receberia Tubias Callil, hoje no PL.
Para Fechar
Ninguém tem dúvida de pelo menos duas coisas em relação ao projeto de reforma da Previdência Municipal. Uma é que ela vem com dores programadas (ainda que em dose por enquanto desconhecida) para servidores da comuna. E a outra é que, para aprová-la, a prefeitura terá de gastar toda a sua lábia com a base governista no Legislativo. Até porque cada edil vai medir bastante o desgaste de aprovar a proposta.