Foto: Graci Lorenzi/ Câmara de vereadores
A semana começou com parte da base governista (e também edis da oposição) mobilizada para receber a polêmica pauta-bomba do projeto da reforma previdenciária. Tudo aconteceu na sede do histórico palacete da Vale Machado, sede do Legislativo, na manhã de segunda-feira (3).
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Prefeito, vice-prefeita e secretariado estiveram na Sala da Presidência para cumprir o rito formal que o tema exige, uma vez que a tramitação já está em curso dentro do parlamento. As falas políticas (e protocolares) vieram da dupla Rodrigo Decimo e Lucia Madruga. Já o contexto e o conteúdo técnico e jurídico chegaram por outra dupla: Carolina Lisowski (Governança) e Guilherme Cortez (Procuradoria Geral), que ofereceram a explicação pormenorizada do assunto.
Para além do óbvio, que é a necessidade de enfrentamento da questão da reforma previdenciária, o que chamou a atenção foi a ausência de governistas. Um exemplo: a bancada do PP só estava presente pela metade. Luiz Carlos Fort se ausentou. Sérgio Cechin, contou à coluna um participante, estava imerso no celular e coube a ele o momento “distração” da reunião, com música do “TikTok” tocando no aparelho.
Do PSDB, além do presidente Admar Pozzobom, apenas o líder do governo, Givago Ribeiro, compareceu, já que o vereador Lorenzo Pichinin, há quem diga, está mais para oposição que situação. Tony Oliveira, do Podemos, também não compareceu. Ah, ele teria avisado ao governo que se em 2026 o seu partido não “ganhar” uma secretaria, vira oposição. Pooois é. Do MDB, esteve somente Adelar Vargas. O outro emedebista, Rudys Rodrigues – mais um suposto descontente com o espaço mantido dentro do Executivo –, não foi.
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Coesa mesmo e presente, a bancada do Republicanos marcou ponto. Os vereadores Alexandre Pinzon Vargas e Guilherme Rossato Badke têm sido fieis escudeiros da gestão municipal. O PL certamente votará fragmentado. Ainda que Tubias Callil tenha dito que a bancada será contrária à Reforma, o vereador João Ricardo Vargas estaria propenso a apoiar.
Ao fim da reunião, Admar e governistas seguiram reunidos com o prefeito e com a vice-prefeita e o secretariado para alinhar a necessidade de um discurso uniforme e, claro, contar os votos para emplacar essa que, sem dúvida, se acontecer, será a primeira grande vitória do governo, mesmo contabilizando um grande desgaste com os servidores municipais.