Foto: Pablo Iglesias (Diário)
O presidente do parlamento da comuna, Admar Pozzobom, do PSDB, se encaminha para fechar o ano da gestão dele festejando o que é considerado um importante encaminhamento referente à obra parada (ou abandonada?) ao lado do histórico Palacete da Vale Machado. Isso porque ele conseguiu colocar na rua e viabilizar a contratação do arquiteto e do engenheiro que ficarão responsáveis pelas correções das “patologias” da obra e posterior acompanhamento da retomada dos serviços. Jogando contra todos os prognósticos, Admar conseguiu fazer o que, até então, se imaginava inviável: a contratação dos profissionais.
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Agora, o próximo presidente do Legislativo terá a missão de retomar a obra. Ao que se fala, dificilmente isso tende a acontecer. Por quê? Questão de perfil. Admar colocou o pé no acelerador e fez com que a gestão dele, amparada e com o respaldo da área jurídica, dê importante rumo para resolver esse vergonhoso capítulo na história recente da Câmara.
Ah, e vai depender, também de troco – se não surgir outro inconveniente.
Coincidência ou não, alguns dias após a base governista estar reunida com o prefeito Rodrigo Decimo e com a vice-prefeita Lúcia Madruga ao demonstrar toda sua insatisfação com os rumos da municipalidade, em especial no que toca à comunicação do Executivo, os vereadores reivindicam para si uma baixa no governo: a saída da titular da Secretaria de Comunicação (Secom), Tânia Moreira. Isso, por mais que ela tenha deixado claro e manifestado a existência de questões pessoais intransponíveis como causa de sua saída, a pedido.
De todo modo, e embora não se saiba o que a base governista fará com essa suposta vitória, é fato que nos bastidores sobram versões e críticas. Sob o compromisso do sigilo, há graúdos que falam do que entendem ser um distanciamento do prefeito e da vice, que, claro, creditam à ex-titular da Secom.
Há também, e isso é certo, preocupação extrema com a pauta-bomba da reforma previdenciária. Entendem que dificultaria menos se houvesse uma estratégia clara para o enfrentamento da questão no Legislativo.
Nesse aspecto, por exemplo, criticam um material explicativo elaborado pela Secom em que colocava, trocando em miúdos, que o dinheiro que os servidores deixavam de contribuir à prefeitura poderia ser revertido em melhorias ao restante da sociedade (como construção de unidades de saúde).
Enfim, resta saber agora, e concedendo que de fato os vereadores influenciaram na decisão da saída da secretária, como eles reagirão a quem assumir o lugar. E a quem responsabilizarão pelo voto que terão de dar, obrigatoriamente. Pooois é.