Foto: Câmara de Vereadores
O presidente do Legislativo, o tucano Admar Pozzobom, quer encerrar essa segunda passagem dele pela presidência do Parlamento com uma entrega que possa ser medida. Um legado perceptível e que sobreviva ao longo do tempo.
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Após oito anos da estreia dele como comandante da Casa do Povo, Admar pretende deixar uma marca bem significativa e emblemática: o pontapé inicial para a superação de um capítulo vergonhoso da história recente da Câmara, a obra de ampliação do QG dos vereadores (em anexo ao Palacete de Vale Machado), que está parada há mais de uma década.
Prova disso é que, nesta semana, foi nomeado o arquiteto para trabalhar na correção das “patologias” da obra. No mundo ideal de Admar (que não é necessariamente no “mundo real”), o cenário perfeito seria sair em 31 de dezembro com o edital na rua para a contratação da empresa que ficará responsável por dar fim ao elefante branco (ou cinza).
Ainda assim, a 45 dias do fim do mandato do ainda do PSDB à frente do Legislativo, o edil entregou material promissor (ao menos, nas metas), que é o Plano Anual de Contratações, o chamado PAC para o ano de 2026.
Na prática, o documento serve como ferramenta estratégica ao permitir uma maior previsibilidade, controle e eficiência na aplicação dos recursos públicos. O trabalho é resultado de ampla força-tarefa multissetorial do Legislativo e envolveu o Gabinete da Presidência, a Procuradoria Jurídica Legislativa, a Secretaria de Gestão e Administração e a Diretoria Administrativa, com os trabalhos técnicos de servidores efetivos.
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Se vai dar certo e se sairá do papel, o próximo presidente poderá dizer (ou não). A depender do que se desenha, hoje, o nome mais provável para comandar a Câmara é o do experiente e longevo pepista Sergio Cechin. Fato mesmo é que o PAC é visto internamente como uma espécie de “divisor de águas”, não só pela forma como se deu a construção, mas igualmente pelo que a ideia propõe: trabalhar com previsibilidade e com técnica.
Em tempo. Na contramão do otimismo dos “admarianos”, o que se fala, no corredores ruidosos do Palacete da Vale Machado, é que para que o Plano saia do papel, Admar Pozzobom certamente deverá ser mantido na Mesa Diretora, mesmo que em função secundária. Ou seja, será “um dos cabeças” para que o possível sucessor, Sergio Cechin, não deixe o PAC se transformar em mais uma lenda do Legislativo.