A realidade, segundo todos os dados disponíveis, é que estava tudo certo. Isto é, Paulo Paim, cansado, após 40 anos sucessivos de mandatos pelo PT, 24 dos quais no Senado, não concorreria mais. Comunicou o partido, que tratou de cuidar da vida.
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Assim nasceu o consenso interno, com Edegar Pretto pré-candidato ao Piratini e o deputado federal Paulo Pimenta concorrendo a uma das duas vagas na Câmara alta. O posto de vice estava (ou está) destinado a uma sigla aliada e a segunda ao Senado seria destinada a Manuela D’Ávila, ex-comunista do B e a caminho do PSB ou PSol e até, mais remotamente, do PT.
Estava tudo bem, estava tudo muito legal, parafraseando a histórica banda Blitz, até que Paim mudou de ideia. Dizendo ter recebido apelo de eleitores e até de entidades sindicais que sempre o apoiaram, admitiu a possibilidade de voltar a concorrer. Resultado imediato: bagunçou todo o coreto da esquerda gaúcha. Que, agora, não sabe sequer como a coisa vai andar, não obstante os discursos públicos conciliatórios.
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Como tudo isso irá acabar? Hoje não se sabe. Talvez algo se defina após reunião do PT, originalmente marcada para 29 deste mês. Taaalvez!
Maior risco
Independente da mobilização do funcionalismo municipal, a prefeitura conta com a aprovação, pelos vereadores, de todos os quatro projetos da Reforma da Previdência. No entanto, há clara preocupação com uma das propostas. No caso, a que se refere ao limite de idade para aposentadoria. A medida depende de mudança da Lei Orgânica, o que exige 14 votos para ser aprovada. Se a decisão fosse hoje, o governo não teria esse apoio.
Mais frustração
O deputado federal Paulo Pimenta pode até negar, dizendo (como já falou, aliás) que é candidato ao que o PT precisar. Mas é óbvia a frustração, se não concorrer ao Senado, como pretendia e estava ajustado, até a mudança de posição de Paulo Paim. Mas, que se diga: em se confirmando a candidatura de Pimenta de novo à Câmara, outras pretensões eleitorais locais também serão frustradas.
Em silêncio. Ou...
A rigor, não se sabe a quantas anda a situação do PSDB de Santa Maria e da transição de parte de seus membros para o PSD, onde já estão, entre outros, o governador Eduardo Leite e o secretário e pré-candidato a deputado estadual Jorge Pozzobom. O certo, apenas, é que os vereadores seguem tucanos, pelo menos até março de 2028, quando poderão trocar de sigla sem o risco de perder o mandato.
“Fake News”
Depois da chancela de Lula a um acordo entre PT e PDT para o apoio à candidatura de Juliana Brizola ao Piratini, nesta semana uma nova “fake news” agitou os bastidores da política gaúcha. No caso, a suposta pesquisa feita por afamado instituto, o IPO. Aliás, a organização obrigou-se a fazer manifestação afirmando que não trabalha com eleições. Resumo da ópera: vem aí um pleito muito pegado.
Para fechar!
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, no meio da semana, a autorização para funcionamento do 33º partido político brasileiro. Trata-se do Missão, agremiação que reúne os militantes direitistas do Movimento Brasil Livre (MBL). De cara, assumiu-se “de direita, mas não bolsonarista” e afirma que terá candidatos em 2026. Atenção: em Santa Maria, ao que se sabe, o partido (ainda) não existe.