Como limpar a casa mental

Diante do que escrevi sábado passado, uma leitora comentou que gostaria muito de saber como limpar sua “casa mental”. É uma questão muito interessante e desafiadora. A resposta é mais para especialistas dos labirintos da mente, mas é um tema que passa também pelos campos da metafísica, pelos meandros do coração e pelas profundezas da alma.


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Permanentemente sofremos influências físicas, orgânicas, emocionais, cósmicas e espirituais. Em nenhum momento da vida, neste plano, estará tudo certo, tudo 100% resolvido. Somos sempre desafiados a nos descobrir, a nos conhecer, a nos reinventar, compreender e superar os desafios, as dificuldades, as provações e os diferentes ciclos da existência.


Nossa mente é uma fábrica de sonhos ou de pesadelos. Depende de como a alimentamos com nossos pensamentos, nossas vibrações e nossas escolhas. Pensamentos são energias que se materializam, vibrações definem nossas frequências, e as escolhas são sementes que plantamos hoje para colher amanhã, dentro da lei infalível de causa e efeito.


É preciso limpar a mente, como limpamos nossa casa. É um exercício diário. Não acredito numa fórmula mágica ou milagrosa que limpe a mente da noite para o dia, mas da noite para o dia se pode transformar práticas nocivas em atitudes salutares e edificantes. Muitas vezes os piores inimigos estão dentro de nós mesmos, quando carregamos mágoa, rancor, ódio, desejo de vingança, ou quando ficamos reféns de informações carregadas de negatividade.


É importante nos mantermos ativos, alimentarmos adequadamente o corpo, a mente e a alma, cultivarmos o hábito de uma boa leitura, ouvir uma mensagem confortadora, fazer uma oração, agradecer antes de dormir, e ao acordar agradecer de novo, antes de pedir.


Não é uma receita pronta, nem um escudo contra “as armadilhas da mata escura”, como canta Milton Nascimento no antológico Caçador de Mim, o homem à procura de si mesmo. É apenas uma reflexão partilhada com quem quiser limpar sua casa mental, na busca da paz e da felicidade. Agora e depois.


Mais do que embalagens
Boas mensagens podem ser transmitidas por qualquer tipo de mídia, inclusive por pequenas caixas utilizadas como recipientes do leite nosso de cada dia e que muitas vezes são jogadas no lixo depois do consumo sem que se preste atenção aos apelos que carregam.


Desaparecidos
Uma dessas embalagens (foto) chama a atenção para os “desaparecidos”, pessoas que simplesmente somem, voluntária ou involuntariamente, e que jamais são encontradas ou que ficam muito tempo longe de seus familiares.


Números
Em 2022, o Brasil registrou 74.061 pessoas desaparecidas, média de 203 desaparecimentos por dia. Do total de registros, 46,7% se concentram na região Sudeste. Só em São Paulo o número chegou a 20.411. Em termos percentuais o Distrito Federal apresenta os índices mais elevados, com 83,3%. O Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição, com 63,3%.


Causas
Ainda com deficiência de dados nos registros efetuados, as causas mais prováveis envolvem vítimas de acidentes ou desastres naturais, pessoas com problemas de saúde mental, sequestros, tráfico de crianças e desaparecimentos provocados por agentes estatais. As informações são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.


Violência abominável 
A expressão, usada pelo delegado regional da Polícia Civil de Santa Maria, Sandro Meinerz, dá uma ideia da gravidade do ato de violência praticado contra dois homens em situação de rua que dormiam nas proximidades da Biblioteca Pública local. Agredir com chutes, socos e até pedradas duas pessoas indefesas, não tem nenhuma justificativa. A prisão e a rigorosa responsabilização dos envolvidos, nos limites da lei, deve servir de exemplo a quem desrespeita o ser humano de forma abjeta, outra expressão usada pelo delegado. Em tempos em que a violência começa nos lares e se estende por todos os lugares do planeta, ações deste porte precisam de respostas rápidas e exemplares.


Violência contra a mulher
Na outra embalagem o apelo é em favor de mulheres em situação de risco, seja por violência doméstica ou de qualquer natureza, e vítimas de feminicídios.


Ranking
O Brasil é o quinto no ranking mundial de violência contra a mulher, manifestada na forma de assédio sexual, violência moral, violência patrimonial, transfobia, violência física ou racismo. As informações são do Núcleo de Defesa da Mulher, que vem realizando trabalho de conscientização da população.


Efeitos colaterais
Segundo a Agência Brasil, nove em cada 10 agressões contra mulher foram presenciadas por alguém. A maioria (86,7%) pertencente ao círculo social ou à família da vítima. Apesar disso, quase metade das vítimas (47,7%) decidiu não denunciar o caso nem procurar ajuda de instituições ou de pessoas próximas. Os dados são da 5ª edição do relatório Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil.


Santa Maria
Aqui na cidade o Centro de Referência da Mulher, para receber e encaminhar denúncia de ameaças, maus tratos e violência contra a mulher, funciona na rua Tuiuti, 1.835 (entre as ruas Professor Braga e Floriano Peixoto). O horário é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Também atende pelo e-mail [email protected], pelo telefone (55) 3174-1519 ou pelo WhatsApp (55) 99139-4971.


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