Mais do que viver

Viver é uma contingência natural de quem nasceu. Já ouvi muita gente dizer que não pediu para nascer, e outros tantos já disseram que nem sabem porque nasceram. Quem um dia já não se perguntou o que é, de onde veio, para onde vai e, principalmente, o que é que está fazendo aqui?


Me lembro de ter refletido profundamente sobre isso quando tinha dezoito anos. Foi tão marcante, que nunca mais esqueci. Havia incorporado há poucos dias no glorioso Regimento Mallet, e na primeira noite de ronda as perguntas vieram como cachoeira morro abaixo. Na visão de um enorme alojamento em que todos dormiam, eu era o único acordado. Vigiando e orando.


A primeira pergunta chegou a galope: o que é que estou fazendo aqui? Me apresentei achando que voltaria logo para casa, para a rádio (onde já trabalhava) e para minha namorada, mas isso só aconteceu 30 dias depois. O silêncio daquele cenário fazia um barulhão na minha mente. Custei a entender a finalidade e a importância daquela experiência. Aprendi muito para a vida, mas só fui me dar conta disso tempos depois. Uma pena, teria aproveitado bem melhor.


Desde o nascimento o ser humano busca significado na família, no trabalho, nas conquistas e até nas provações. E aprende, seja pelo amor ou pela dor, que nada acontece por acaso, para tudo existe uma finalidade. A vida é uma grande oportunidade de crescimento e progresso. Cada indivíduo tem uma missão especial a cumprir. Nem todos têm missões grandiosas, o maior desafio é descobrir que mais importante do que viver é encontrar o verdadeiro sentido da vida.


Muitas vezes desperdiçamos energias com coisas secundárias e fechamos nossos portais ao que verdadeiramente interessa ao nosso crescimento. A felicidade real não está na posse, mas na paz da consciência tranquila.


Hoje, quando deparo com a lembrança daquele enorme alojamento com almas diferentes, origens e futuros diferentes, me ponho a pensar sobre a importância de descobrir que a vida é muito mais do que viver. Este é o grande desafio. Agora e depois.


Tarifa zero
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP) divulgaram na quarta-feira (26), um estudo que defende ser possível a tarifa zero no transporte público no país a partir de um fundo criado com a contribuição de empresas.


Caminhos
Na prática, seria a substituição do sistema de vale-transporte por um outro tipo de financiamento, inicialmente de empresas privadas e públicas a partir de 10 funcionários, nas 706 cidades do país com mais de 50 mil habitantes.


Custo
A estimativa do grupo de pesquisa é que 81,5% dos estabelecimentos estariam isentos de contribuição. O estudo, financiado pela Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero, indica que a contribuição seria de aproximadamente R$ 255 por mês a cada funcionário, o que geraria em torno de R$ 80 bilhões por ano. O grupo afirmou ao final dos estudos que este montante seria o suficiente para custear a tarifa zero nos 706 municípios.


Economia
Atualmente, 137 cidades brasileiras não cobram pelo transporte público. Para fundamentar a proposta nacional, os pesquisadores desenvolveram um cálculo estimativo do custo atual do transporte público no Brasil, que seria em torno de R$ 65 bilhões por ano. (Agência Brasil) O assunto deu “mais um passinho à frente”. Resta saber até onde chegará.


Entre uma cena e outra, a demissão
O roteiro da demissão sumária de Antônio Hohfeldt da presidência da Fundação Theatro São Pedro ligou os holofotes da crítica do mundo cultural e artístico contra o governador Eduardo Leite. A saída ocorreu depois do agora ex-presidente declarar que iria suspender a programação do Multipalco em 2026 por falta de pessoal e necessidade de reformulação do plano de cargos e funções da Fundação. O Multipalco, obra iniciada por Eva Sopher e concluído por Hohfeldt, é um patrimônio cultural do Rio Grande e do Brasil. Por isso tamanha repercussão.


Trânsito
A criação da Escola Pública de Trânsito foi o grande destaque do 2º Seminário de Segurança Viária realizado na quinta-feira (27), pela prefeitura de Santa Maria. A iniciativa, como foi destacado pelo secretário de Segurança e Ordem Pública, Delegado Getúlio, visa tornar as ações educativas uma política pública permanente, focada na formação de condutores e pedestres mais conscientes. A ideia é ótima, mas precisa de recursos de infraestrutura, logística, recursos humanos e novas contratações de profissionais para sua execução. Tomara que as dificuldades financeiras do município não inviabilizem o projeto.


Carga e descarga
Freteiros e empresas que atuam no setor de entrega de mercadorias estão reclamando das dificuldades de cumprir seus compromissos. Sugerem que além da pintura no chão, indicando pontos de carga e descarga, os meios-fios sejam pintados de amarelo. Por desatenção, ou desrespeito mesmo, motoristas têm estacionado seus veículos particulares nesses locais.


Honra ao patrono
Profunda gratidão ao Rotary Club de Santa Maria Sul, pela escolha do meu nome para receber o troféu Arthur Marques Pfeifer, na comemoração dos 59 anos desta instituição de prestação de serviços. Toda honra ao patrono Dr. Pfeifer, que, como médico, homem público e ser humano deixou marcas e exemplos de suas grandes virtudes. Será nesta segunda-feira (1º de dezembro), às 20h, na Rua Euclides da Cunha, 1781. O Rotary Sul é presidido pela advogada Rosana da Cunha.


A vida continua, nesta e em outras dimensões!

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